Sob a luz das estrelas - Capítulo 1-

Sob a luz das estrelas – Capítulo 1 –

Fred estava deitado no chão de uma montanha, ali, perto da Toca. Nas últimas semanas, todas as noites ele pegara a sua Cleansweep Five e subia na montanha e ficara “filosofando” como dia Gina. O que era um pouco irônico, logo ele que sempre arrumava confusões e sempre estava rindo, estaria ali, agora, filosofando.

A razão pela qual Fred ficava sozinho, sem a companhia de ninguém, (nem mesmo o seu irmão Jorge. O que era estranho, pois eles sempre estavam juntos.) pensando. Os últimos dias ele estava confuso, ele sempre soube que nascera para fazer um par com seu irmão gêmeo, mas a situação mudou, ele estava muito confuso. Sempre era o Jorge antes dele, o Jorginho, o gêmeos mais velho. Quanta diferença, Jorge só era 13 minutos mais que ele.

Sabia da existência de cada um de seus amigos e irmãos. Carlinhos existia para ser uma pessoa grande e cuidar de negócios. Gui, nascera para viver a vida “loucamente”, curtir,viajar, e fazer coisas extraordinárias, como se casar com uma “veela importada da França.” Fleur Delacour, que nascera para deixar todos  malucos com sua mania de perfeição. Percy existia pra ser chefe, para mandar, em algo ou alguém. Jorge, era para ser seu espelho e deixar todos alucinados e fazer sempre travessuras. Rony...  o seu irmão mais novo. Ele era apesar de ser o menor, o mais corajoso e um homem extraordinário, depois da guerra vencida, tinha se tornado auror e se casado com Hermione. Ela que existia para deixar Rony feliz, e resolver todos os problemas do trio. Sempre inteligente, sempre tornando uma coisa tão obvia em tão complicada. E Gina. A sua irmãzinha. Sempre linda e feliz. Jogara quadribol por um tempo, depois resolvera ser medibruxa, e agora parara um pouco para viver com seu marido. Harry Potter. Esse sim todos sabiam para quê ele existia. Mas Fred pensava diferente, pensava eu além de nascer para derrotar Voldemort, ele nascera para ser um homem de fibra, e fazer todos felizes, fazer com que todos ficassem sem medo de fazer qualquer coisa, deixar bem claro que tudo que se quer pode se conseguir. Também trabalhava no Ministério como auror, assim como Rony.

Enfim, sabia para quê todos em sua volta tinham nascido, mas não sabia para que ele existia. Para ser o espelho de Jorge, para não fazer nada?! Para vender quinquilharias naquela loja para sempre?! Queria namorar, viver, se casar, quem sabe até ter filhos.

 Fred fechou os olhos e ficou ali por vários minutos... Até escutar uns passinhos leves e uma respiração ofegante.

- Oii?! Te alguém ai? – Uma vozinha de criança.

- Lily? – Fred perguntara – É você pequena?

- Sou eu sim tio Fred.-  Era Lily. Lilian Alice Weasley Potter. A filha de Harry e Gina. Ela era linda, com os cabelos lisos ruivos de Gina e com os olhos verdes de Harry. Era uma menina grande e esperta para sua idade. Ela tinha 4 anos. Herdara a coragem do pai e a doçura da mãe.

- O que você veio fazer aqui Lily?

- Ah eu não o vi hoje no jantar e então eu vim atrás de você.

- Mas como você sabia?

- A mamãe falou que você estava filosofando aqui em cima ai resolvi subir.

- Você não devia ter vindo sozinha Lily! E se você se machuca por aí?! – Fred notou a carinha dela entristecer um pouco com o comentário.- Eu vou ficar como sem a minha sobrinha?

- É só se contentar com a Luna! – Ela disse deitando ao lado de Fred – Todos gostam mais dela do que de mim!

- Quem te disse isso Lily?

- A vó Molly sempre faz tudo que ela quer, e quando eu peço ela não faz.

- Será??

- É sim, só por que ano que vem ela vai para Hog.. Hogar..

- Hogwarts?

- É – A garotinha disse cruzando os bracinhos.

- Não diga isso Lily! Todos nós te amamos, só que a Luna vai ficar um ano longe de nós e estamos nos despedindo dela.

- Sério? – ela disse espantada. – A Luna vai ficar longe?

- Vai, mas é pro bem dela. Eu também fui sabia?

- Sério tio?

- Sim. Seus pais também. E seus tios, e seus avôs, e...

- Tá bom tio Fred. Eu já entendi. Toda a nossa família já foi para Hogwarts!

- Viu? É normal. E vamos aposto que a Gina te deu algum presente para compensar.

- Uhum! Ela me deu o Arnaldo. – Arnaldo era o mini- pufe de Gina. Ele era em miniatura, parecendo uma bola redonda e felpuda cor de rosa, que às vezes girava emitindo gritos agudos.

- Legal! Viu a sua mão sabe o que faz.

 Ele ficaram ali, em silêncio por um longo período de tempo.

- Sabe tio Fred, acho lindo as estrelas a noite. Acho que é até por isso que gosto, mais da noite. Às vezes eu olho para o céu e as estrelas parecem falar comigo.

sinto vontade de pegar a vassoura do papai só para ir até o encontro delas 

- Legal Lily.

- Tio Fred, eu sinto que você está com problemas, pode me dizer o que é?

- Lily, você não iria entender.

- Ah vai tio Fred. Por favooor.

- Então tá. É que eu me sinto estranho sabe, não sei para que eu existo, eu ando muito...

- Confuso, tio Fred?

- Sim fofinha – Fred falou dando um beijo no topo da cabeça da garota.

- Eu já achei motivos para todos os meus conhecidos queridos, todos, mas não consigo achar um para mim.

- Você achou um para mim tio?

- Claro. – Fred sentiu-se um idiota total o que dizer para ela, só restava improvisar.- Você existe para me 

entender e me alegrar pequena.

- Hum...

- O que foi não gostou?

- Gostei, mas eu acho que achei um motivo pra você existir.

- E qual seria fofinha?

- Você existe para alegrar as pessoas, para a fazerem rir, para que nos momentos de tristezas e confusão elas 

se sintam felizes e acolhidas.

- Caramba Lily? Onde você aprendeu isso tudo? – Fred perguntou um pouco bobo.

- Estou lendo alguns livros da tia Mione.

- Ahh! Assim sim!

- Podemos ir tio Fred? Estou ficando com frio.

- Ok – Fred pegou ela no colo, apanhou sua vassoura, subiu e posicionou Lily ali também.

- Legal uma Cleansweep Five! – Lily falava com os olhos brilhantes. – É uma raridade não é tio Fred? O tio Rony tem uma Cleansweep Eleven.

- É sim. – Fred falou impressionado com a sabedoria da garota. – Com quem você aprendeu isso Lily?

- Papai me pegou mexendo nas coisas dele. Estava procurando algum livro de Quadribol. Ele me viu e me deu o livro Qual vassoura, e começamos a conversar sobre vassouras e quadribol.

- Como a minha sobrinha é esperta! Por Mérlin!

- Ah tio Fred deixa disso vai.

Então eles montaram nas vassouras e desceram, Fred se sentiu muito confortável com as palavras de sua sobrinha. Lily era uma garota esperta e muito fofa, ele tinha sorte de uma de suas sobrinhas ser a Lily.